A mídia e as ‘fábricas de conteúdo’

Artigos de jornal custam caro para serem produzidos, mas não geram muita receita, seja de publicidade ou por venda direta. Alguns grandes jornais, como o Wall Street Journal, estão começando a cobrar por seu conteúdo, mas os valores obtidos não pagarão o custo de uma redação com centenas de jornalistas. Enquanto isso, novas empresas estão surgindo com a especialidade de produzir textos para a internet.

Uma, a “Demand Media”, trabalha com 7 mil redatores “freelancer”. Um programa de computador identifica assuntos em que os usuários de internet estejam interessados e calcula quanto um determinado tópico poderia gerar em publicidade. O resultado é enviado para um redator especializado no assunto o qual produz um artigo curto, ou eventualmente um videoclipe. A empresa paga pouco, cerca de US$ 5 por artigo, mas cada redator, trabalhando rápido, chega a ganhar US$ 20 a 25 por hora. Os artigos são revisados, checados para ver se não há plágio. Os artigos são publicados em um dos 72 sites da empresa, ou em meios mais convencionais, como o jornal impresso USA Today, que compra dicas de viagem. Os vídeos vão para o Youtube, do qual a empresa é de longe o maior colaborador. Em março, a Demand Media produziu 150 mil artigos. Ela pretende abrir o capital logo, a não ser que seja comprada por um grande portal como o Yahoo!.