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Princípios constitucionais da Administração Pública

SUMÁRIO:  INTRODUÇÃO. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (De acordo com a Emenda Constitucional n.º 19/98). PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS. 1. Caput do art. 37. 1.1. Princípio da Legalidade. 1.2. Princípio da Impessoalidade. 1.3. Princípio da Moralidade. 1.4. Princípio da Publicidade. 1.5. Princípio da Eficiência. 2. Outros Princípios Constitucionais Explícitos. 2.1. Princípio da Licitação. 2.2. Princípio da Prescritibilidade dos ilícitos administrativos. 2.3. Princípio da Responsabilidade da Administração Pública. 2.4. Princípio da Participação. 2.5. Princípio da Autonomia Gerencial. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS. 1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado e Princípio da Autotutela. 2. Princípio da Finalidade. 3. Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade.

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

A denominada função administrativa do Estado submete-se a um especial regime jurídico. Trata-se do denominado regime de direito público ou regime jurídico-administrativo. Sua característica essencial reside, de um lado, na admissibilidade da idéia de que a execução da lei por agentes públicos exige o deferimento de necessárias prerrogativas de autoridade, que façam com que o interesse público juridicamente predomine sobre o interesse privado; e de outro, na formulação de que o interesse público não pode ser livremente disposto por aqueles que, em nome da coletividade, recebem o dever-poder de realiza-los. Consiste, na verdade, no regime jurídico decorrente da conjugação de dois princípios básicos: o princípio da supremacia dos interesses públicos e o da indisponibilidade dos interesses públicos.

Neste sentido, temos o ilustre posicionamento de CARDOZO:

"Estes, são princípios gerais, necessariamente não positivados de forma expressa pelas normas constitucionais, mas que consistem nos alicerces jurídicos do exercício da função administrativa dos Estados. Todo o exercício da função administrativa, direta ou indiretamente, será sempre por eles influenciados e governado" (1)

 

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(De Acordo Com A Emenda Constitucional n.º 19/98)

 

Primeiramente, cumpre distinguir o que é Administração Pública. Assim, MEIRELLES elabora o seu conceito:

"Em sentido formal, a Administração Pública, é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas ". (2)

A Administração Pública, ainda, pode ser classificada como: direta e indireta. A Direta é aquela exercida pela administração por meio dos seus órgãos internos (presidência e ministros). A Indireta é a atividade estatal entregue a outra pessoa jurídica (autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundações), que foram surgindo através do aumento da atuação do Estado.

A Constituição Federal, no art. 37, caput, trata dos princípios inerentes à Administração Pública:

"Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência " (3)

Trata-se, portanto, de princípios incidentes não apenas sobre os órgãos que integram a estrutura central do Estado, incluindo-se aqui os pertencentes aos três Poderes (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário), nas também de preceitos genéricos igualmente dirigidos aos entes que em nosso país integram a denominada Administração Indireta, ou seja, autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações governamentais ou estatais (4).

Destarte, os princípios explicitados no caput do art. 37 são, portanto, os da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência. Outros se extraem dos incisos e parágrafos do mesmo artigo, como o da licitação, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos e o da responsabilidade das pessoas jurídicas (inc. XXI e §§ 1.º a 6.º). Todavia, há ainda outros princípios que estão no mesmo artigo só que de maneira implícita, como é o caso do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, o da finalidade, o da razoabilidade e proporcionalidade.

Vejamos, agora, o significado de cada um dos precitados princípios constitucionais da Administração Pública

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS

 

Caput Do Art. 37

Conforme mencionado anteriormente, os princípios constitucionais explícitos são aqueles presentes no art. 37, da Constituição Federal, de maneira expressa. Assim, são eles: o princípio da legalidade, o princípio da impessoalidade, o princípio da moralidade, o princípio da publicidade e o princípio da eficiência.

Passemos, então, a estuda-los uniformemente.

Princípio Da Legalidade

Referido como um dos sustentáculos da concepção de Estado de Direito e do próprio regime jurídico-administrativo, o princípio da legalidade vem definido no inciso II do art. 5.º da Constituição Federal quando nele se faz declarar que:

Tomando o conceito de Administração Pública em seu sentido orgânico, isto é, no sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinados ao exercício da totalidade da ação executiva do Estado, a nossa Constituição Federal positivou os princípios gerais norteadores da totalidade de suas funções, considerando todos os entes que integram a Federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

Destarte, os princípios inerentes à Administração Pública são aqueles expostos no art. 37 de nossa vigente Constituição. Alguns, diga-se de pronto, foram positivados de forma expressa. Outros, de forma implícita ou tácita.

Antes de procedermos à analise de cada um dos princípios que regem o Direito Administrativo, cabe novamente acentuar, que estes princípios se constituem mutuamente e não se excluem, não são jamais eliminados do ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática, fornecendo as diretrizes situadas no ápice do sistema, a serem seguidas por todos os aplicadores do direito.

Administração Financeira  

 

 

 

 

 

 As projeções das entradas e saídas de recursos;Os períodos deficitários e superavitários da projeção;Os resultados finais por períodos.Registro das entradas e saídas, de tal forma que se permita compararConhecimento de todas as movimentações financeiras:Estrutura de Recursos Humanos existente, com determinação deDespesas agregadas relativas a encargos trabalhistas, contribuições.Consumo de combustível e ou energia;Serviços executados;Manutenção preventiva;Manutenção corretiva;Peças e elementos controlados.Entradas e saídas de insumos e matérias-primas;Níveis de estoque, datas de compra;Estrutura de armazenagem.O período inicial é fevereiro de 20 X 0;O período projetado será até outubro de 20 X 0;Saldo de R$ 22.600,00 com início em junho;Condições dos negócios operacionais:As vendas serão em 4 parcelas postecipadas;As compras serão em 3 parcelas antecipadas.O saldo de caixa deve ser ajustado mensalmente em R$ 3.000,00;Deve-se efetuar empréstimos quando da falta de caixa a uma taxa deR$ 22.600,00, foi informado como mês de junho de.VPL), que consiste em apurar o valorTMA) é a taxa mínima que a empresa deseja obter na aplicação de um projetoTIR), que consiste em determinar qual a taxa pela qual um investimento seHP 12 C.

As projeções das entradas e saídas de recursos;Os períodos deficitários e superavitários da projeção;Os resultados finais por períodos.Registro das entradas e saídas, de tal forma que se permita compararConhecimento de todas as movimentações financeiras:Estrutura de Recursos Humanos existente, com determinação deDespesas agregadas relativas a encargos trabalhistas, contribuições.Consumo de combustível e ou energia;Serviços executados;Manutenção preventiva;Manutenção corretiva;Peças e elementos controlados.Entradas e saídas de insumos e matérias-primas;Níveis de estoque, datas de compra;Estrutura de armazenagem.O período inicial é fevereiro de 20 X 0;O período projetado será até outubro de 20 X 0;Saldo de R$ 22.600,00 com início em junho;Condições dos negócios operacionais:As vendas serão em 4 parcelas postecipadas;As compras serão em 3 parcelas antecipadas.O saldo de caixa deve ser ajustado mensalmente em R$ 3.000,00;Deve-se efetuar empréstimos quando da falta de caixa a uma taxa deR$ 22.600,00, foi informado como mês de junho de.VPL), que consiste em apurar o valorTMA) é a taxa mínima que a empresa deseja obter na aplicação de um projetoTIR), que consiste em determinar qual a taxa pela qual um investimento seHP 12 C. As projeções das entradas e saídas de recursos;Os períodos deficitários e superavitários da projeção;Os resultados finais por períodos.Registro das entradas e saídas, de tal forma que se permita compararConhecimento de todas as movimentações financeiras:Estrutura de Recursos Humanos existente, com determinação deDespesas agregadas relativas a encargos trabalhistas, contribuições.Consumo de combustível e ou energia;Serviços executados;Manutenção preventiva;Manutenção corretiva;Peças e elementos controlados.Entradas e saídas de insumos e matérias-primas;Níveis de estoque, datas de compra;Estrutura de armazenagem.O período inicial é fevereiro de 20 X 0;O período projetado será até outubro de 20 X 0;Saldo de R$ 22.600,00 com início em junho;Condições dos negócios operacionais:As vendas serão em 4 parcelas postecipadas;As compras serão em 3 parcelas antecipadas.O saldo de caixa deve ser ajustado mensalmente em R$ 3.000,00;Deve-se efetuar empréstimos quando da falta de caixa a uma taxa deR$ 22.600,00, foi informado como mês de junho de.VPL), que consiste em apurar o valorTMA) é a taxa mínima que a empresa deseja obter na aplicação de um projetoTIR), que consiste em determinar qual a taxa pela qual um investimento se

O que é realmente importante saber para uma boa administração

financeira? Esta pergunta é comum entre os empresários, em especial aos

pequenos e microempresários, mas é de difícil elaboração. Pode-se dizer que

tudo na administração financeira é importante, mas, se fosse necessário eleger

apenas um item, mesmo assim citaríamos duas estratégias, que ao nosso ver são

de extrema importância, para o sucesso de uma empresa e de seus comandantes.

O principal papel do Administrador Financeiro é o relativo à tesouraria

da empresa, ou seja, cuidar efetivamente do dinheiro, sua entrada e saída, e

logicamente preservar o retorno exigido pelos acionistas. Neste sentido é

necessário buscarumpleno entendimento da Administração de Caixa da empresa

e o Custo ao qual este fluxo está submetido. A administração de caixa está

intimamente ligada ao ciclo operacional da empresa e o custo de capital ao

financiamento deste ciclo.

Vejamos agora maiores detalhes sobre ambas as abordagens, bem como

exemplos para melhor entendimento.

 

1 Administração de caixa

 

Aadministração do caixa compreende uma tarefa de suma importância

para a empresa.Agrande maioria dos fracassos empresariais tem fortalecido a

convicção de que a principal razão da chamada mortalidade precoce das

pequenas e médias empresas é a falta da habilidade gerencial de seus

administradores. Estas empresas normalmente nascem através de uma idéia

de negócios proposta por empresários que conhecem profundamente a função

 

38

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

técnica a ser exercida, porém não se preocupam com a função administrativa

financeira da empresa. Esses empresários acreditam que, produzindo bens de

alta qualidade e demanda, estão dispensados de dedicar tempo à boa

administração, relegando esta tarefa a funcionários sem preparo, ao invés de

contratarem alguém apto para fazê-lo em seu lugar. Empresa alguma poderá

crescer ou mesmo sobreviver, sem um gerenciamento adequado na área

administrativa. É essencial a essa função administrativa o conhecimento dos

procedimentos financeiros e contábeis disponíveis, bem como a sua melhor

utilização para o acompanhamento, controle, ajuste e projeção dos resultados

da empresa.

O demonstrativo do Fluxo de Caixa é o instrumento financeiro que

permite ao administrador monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio

entre a entrada e a saída de dinheiro durante um período determinado,

possibilitando a adoção antecipada de medidas que possibilitem assegurar a

disponibilidade de recursos para o atendimento das necessidades de caixa.

Elaborado em períodos, o fluxo de caixa deve compreender um resumo

do cronograma das despesas e investimentos, das receitas previstas e épocas

de realizações, dos pagamentos parciais ou totais de obrigações, bem como

de novas obrigações a contratar, possibilitando prever:

 

.

 

.

 

.

 

1.1 Estabelecendo os controles

 

A administração do Caixa constitui ferramenta fundamental para a boa

administração dos recursos financeiros em qualquer empresa, independente

de seu tamanho. A previsão de caixa preparada pelo administrador financeiro

somente terá sucesso com o esforço conjunto dos vários departamentos da

empresa. A previsão de vendas, as condições das vendas, incluindo prazos

de recebimentos, são geralmente de responsabilidade do pessoal de vendas.

Os gastos de produção são definidos com o auxílio do pessoal de produção e

contabilidade de custos.

 

É essencial para a função administr

ativa o conhecimento dos procedimentos

financeiros e contábeis disponíveis

 

39

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

Todos os demais departamentos envolvidos no processo da

administração deverão proceder de forma a evitar custos e despesas excessivas

e procurar a maior receita para as suas atividades. Uma constante comunicação

entre os diversos setores e o setor financeiro é fundamental para o sucesso do

gerenciamento das disponibilidades.

Com a entrada das diversas informações diárias e dos documentos

internos provenientes do setor financeiro, inicia-se a fase de controle de dados

relativos a:

 

1.º Movimentação Financeira

 

.

as previsões com o realizado;

 

.

- Quais são as receitas e despesas?

- Em que datas irão ocorrer?

- Qual o meio de movimentação?

- Se são constantes, diárias, semanais ou mensais.

 

2.º Controle do Pessoal

 

.

suas peculiaridades relativas:

- Profissionais efetivos;

- Profissionais temporários;

- Trainees (estagiários).

 

.

 

3.º Controle de máquinas, veículos e equipamentos

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

4º Controle de Estoques

 

.

 

.

 

.

 

40

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

2 Montagem do fluxo de caixa

 

Aseguir será elaborado um exemplo da montagem de um fluxo de caixa

para demonstrar sua simplicidade e comprovar sua utilização como instrumento

de ajuda na tomada de decisão, por parte do administrador financeiro.

A partir dos dados fornecidos nos quadros 1 e 2, será criado um fluxo

de caixa projetado para os meses de junho a outubro de 20 X 0.

É necessário considerar ainda as seguintes informações adicionais:

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

juros de 4% ao mês;

. Asobra de caixa deverá ser aplicada com remuneração de 0,87% a.m.

 

41

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.1 Ajuste no regime de competência para

regime de caixa

 

Considerando-se que as informações do volume de compras e vendas

(quadro 1) encontram-se sob o regime de competência, isto é, baseiam-se nos

valores de notas com datas dos fatos geradores, será necessário efetuar o

ajuste para o regime de caixa, ou seja, identificar qual o volume financeiro da

movimentação de caixa a cada período de interesse.

Uma compra realizada no mês de fevereiro estará influenciando a

movimentação financeira do caixa até o pagamento da última parcela negociada

com o fornecedor, do mesmo modo que a venda de produto ou serviços pela

empresa, quando realizada a prazo, irá afetar a movimentação do caixa até o

registro da previsão de entrada da última parcela concedida ao cliente. Desta

forma é importante levar em consideração que o lucro líquido é um conceito

estritamente contábil, pois é apurado tradicionalmente pelo regime de

competência, e o fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira,

entrada e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da empresa,

pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

a) Com este objetivo e considerando-se a informação adicional das

condições de negócios (03 parcelas mensais antecipadas)

identificam-se os valores destinados às compras:

 

42

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

b) Para ajustar as informações sobre as vendas, também observando

as condições de negócios (04 parcelas mensais postecipadas),

identificam-se os valores destinos às vendas:

c) Considerando que as demais informações do exercício encontramse

no regime de caixa, para se efetuar a montagem do fluxo final será

suficiente que se obedeçam os critérios estabelecidos para cada

uma das contas relacionadas. Desta forma é importante levar em

consideração que o lucro líquido é umconceito estritamente contábil,

pois é apurado tradicionalmente pelo regime de competência, e o

fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira, entrada

e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da

empresa, pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.2 Fluxo de caixa

 

O saldo inicial de

 

20 X 0

Para a montagem do Fluxo de Caixa, foram consideradas 05 (cinco)

modalidades de critérios de projeções:

1.º Contas: Marketing e Combustíveis, foi efetuado o levantamento

de consumo a partir do mês de fevereiro e projetado com acréscimos

conformes.

2.º Contas: Aluguel e Administrativas, fixando uma verba para os

próximos períodos.

3.º Contas: Comissões e Salários, determinando uma verba baseada

em percentual das vendas do mês anterior.

4.º Os impostos são pagos no mês seguinte sobre a movimentação

das compras e vendas, sem regime de compensação.

5.º Demais contas possuem mês específico para cada ocorrência.

 

44

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

3 Custo de capital

 

Custo de capital pode ser definido como o custo dos recursos

financeiros próprios e/ou de terceiros utilizados pela empresa em seu ciclo

operacional ou empreendimento. A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital merece uma rigorosa análise de viabilidade,

buscando avaliar as alternativas perante o custo do capital. Como as

alternativas existentes para o financiamento do ciclo operacional e ou capital

de giro são diversas, é de extrema importância que o administrador financeiro

busque conhecer o custo efetivo de cada uma destas fontes, através dos

instrumentos de análise competentes, para posterior tomada de decisão.

A utilização de capital de terceiros é vantajosa quando seu custo se

apresenta inferior à taxa de retorno prevista. Porém, mesmo com esta vantagem,

existe o risco do endividamento pela eventual falta de lucratividade na operação.

 

3.1 Os custos relativos

 

Ao se calcular o custo de capital de uma operação, torna-se importante

considerar todas as despesas existentes, pois as instituições financeiras, pelas

características de seus negócios, passam a exigir reciprocidades diversas.

Considera-se como reciprocidade todo e qualquer recurso utilizado por uma

empresa na obtenção do capital, seja a curto, médio ou longo prazo, que

podem ser desde o simples saldo médio até contraprestações de aplicações

financeiras, seguros, planos previdenciários, pagamento de fornecedores,

centralização de folha de pagamento, recolhimento de encargos, impostos,

taxas, contribuição de melhoria, e ainda, em alguns casos, favores. Outras

despesas, muitas vezes esquecidas pelos empresários, são aquelas decorrentes

dos custos com alienações, hipotecas, transferências, emissão de documentos,

viagens de funcionários para obter liberações especiais, entre outras. Especial

atenção deve ser dada às custas de fornecimento de garantias, pois

considerando que a maioria das instituições tem interesse em Garantias Reais

(representadas pela transferência de um bem tangível e específico), o financeiro

deve considerar todas as despesas de transferências como escritura e registro,

 

A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital mereça

uma rigorosa análise de viabilidade

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

tanto na passagem do bem para a posse da instituição como para o retorno da

posse do bem, após a quitação do empréstimo. Neste momento é de grande

importância a habilidade do financeiro em negociar com a instituição uma

garantia que não represente grande ônus de transferência, apesar de oferecer

tranqüilidade para a instituição.

Dentre os diversos aspectos do custo de capital, podemos citar o

custo relativo à dívida, que nada mais é do que o custo relativo à taxa aplicada

sobre um financiamento/empréstimo qualquer, ou ainda o custo marginal de

capital, que projeta na estrutura ótima de capital uma nova realidade, oriunda

de uma nova fonte de recurso, ou ainda, de um novo aporte de recursos. Para

apurar o custo de capital, a maioria das empresas se utiliza do método de

cálculo do Valor Presente Líquido (

presente de um fluxo de resultado projetado, utilizando-se de uma taxa mínima

de atratividade para realizar o desconto do fluxo.Ataxa mínima de atratividade

(

ou negócio.

Outro método também largamente utilizado é a Taxa Interna de Retorno

(

equipara ao seu retorno num período de tempo, considerando as entradas de

um fluxo projetado. Ambos os modelos podem ser facilmente apurados com

uma calculadora financeira, em especial a

 

O que é realmente importante saber para uma boa administração

financeira? Esta pergunta é comum entre os empresários, em especial aos

pequenos e microempresários, mas é de difícil elaboração. Pode-se dizer que

tudo na administração financeira é importante, mas, se fosse necessário eleger

apenas um item, mesmo assim citaríamos duas estratégias, que ao nosso ver são

de extrema importância, para o sucesso de uma empresa e de seus comandantes.

O principal papel do Administrador Financeiro é o relativo à tesouraria

da empresa, ou seja, cuidar efetivamente do dinheiro, sua entrada e saída, e

logicamente preservar o retorno exigido pelos acionistas. Neste sentido é

necessário buscarumpleno entendimento da Administração de Caixa da empresa

e o Custo ao qual este fluxo está submetido. A administração de caixa está

intimamente ligada ao ciclo operacional da empresa e o custo de capital ao

financiamento deste ciclo.

Vejamos agora maiores detalhes sobre ambas as abordagens, bem como

exemplos para melhor entendimento.

 

1 Administração de caixa

 

Aadministração do caixa compreende uma tarefa de suma importância

para a empresa.Agrande maioria dos fracassos empresariais tem fortalecido a

convicção de que a principal razão da chamada mortalidade precoce das

pequenas e médias empresas é a falta da habilidade gerencial de seus

administradores. Estas empresas normalmente nascem através de uma idéia

de negócios proposta por empresários que conhecem profundamente a função

 

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FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

técnica a ser exercida, porém não se preocupam com a função administrativa

financeira da empresa. Esses empresários acreditam que, produzindo bens de

alta qualidade e demanda, estão dispensados de dedicar tempo à boa

administração, relegando esta tarefa a funcionários sem preparo, ao invés de

contratarem alguém apto para fazê-lo em seu lugar. Empresa alguma poderá

crescer ou mesmo sobreviver, sem um gerenciamento adequado na área

administrativa. É essencial a essa função administrativa o conhecimento dos

procedimentos financeiros e contábeis disponíveis, bem como a sua melhor

utilização para o acompanhamento, controle, ajuste e projeção dos resultados

da empresa.

O demonstrativo do Fluxo de Caixa é o instrumento financeiro que

permite ao administrador monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio

entre a entrada e a saída de dinheiro durante um período determinado,

possibilitando a adoção antecipada de medidas que possibilitem assegurar a

disponibilidade de recursos para o atendimento das necessidades de caixa.

Elaborado em períodos, o fluxo de caixa deve compreender um resumo

do cronograma das despesas e investimentos, das receitas previstas e épocas

de realizações, dos pagamentos parciais ou totais de obrigações, bem como

de novas obrigações a contratar, possibilitando prever:

 

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1.1 Estabelecendo os controles

 

A administração do Caixa constitui ferramenta fundamental para a boa

administração dos recursos financeiros em qualquer empresa, independente

de seu tamanho. A previsão de caixa preparada pelo administrador financeiro

somente terá sucesso com o esforço conjunto dos vários departamentos da

empresa. A previsão de vendas, as condições das vendas, incluindo prazos

de recebimentos, são geralmente de responsabilidade do pessoal de vendas.

Os gastos de produção são definidos com o auxílio do pessoal de produção e

contabilidade de custos.

 

É essencial para a função administr

ativa o conhecimento dos procedimentos

financeiros e contábeis disponíveis

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

Todos os demais departamentos envolvidos no processo da

administração deverão proceder de forma a evitar custos e despesas excessivas

e procurar a maior receita para as suas atividades. Uma constante comunicação

entre os diversos setores e o setor financeiro é fundamental para o sucesso do

gerenciamento das disponibilidades.

Com a entrada das diversas informações diárias e dos documentos

internos provenientes do setor financeiro, inicia-se a fase de controle de dados

relativos a:

 

1.º Movimentação Financeira

 

.

as previsões com o realizado;

 

.

- Quais são as receitas e despesas?

- Em que datas irão ocorrer?

- Qual o meio de movimentação?

- Se são constantes, diárias, semanais ou mensais.

 

2.º Controle do Pessoal

 

.

suas peculiaridades relativas:

- Profissionais efetivos;

- Profissionais temporários;

- Trainees (estagiários).

 

.

 

3.º Controle de máquinas, veículos e equipamentos

 

.

 

.

 

.

 

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.

 

4º Controle de Estoques

 

.

 

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FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

2 Montagem do fluxo de caixa

 

Aseguir será elaborado um exemplo da montagem de um fluxo de caixa

para demonstrar sua simplicidade e comprovar sua utilização como instrumento

de ajuda na tomada de decisão, por parte do administrador financeiro.

A partir dos dados fornecidos nos quadros 1 e 2, será criado um fluxo

de caixa projetado para os meses de junho a outubro de 20 X 0.

É necessário considerar ainda as seguintes informações adicionais:

 

.

 

.

 

.

 

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juros de 4% ao mês;

. Asobra de caixa deverá ser aplicada com remuneração de 0,87% a.m.

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.1 Ajuste no regime de competência para

regime de caixa

 

Considerando-se que as informações do volume de compras e vendas

(quadro 1) encontram-se sob o regime de competência, isto é, baseiam-se nos

valores de notas com datas dos fatos geradores, será necessário efetuar o

ajuste para o regime de caixa, ou seja, identificar qual o volume financeiro da

movimentação de caixa a cada período de interesse.

Uma compra realizada no mês de fevereiro estará influenciando a

movimentação financeira do caixa até o pagamento da última parcela negociada

com o fornecedor, do mesmo modo que a venda de produto ou serviços pela

empresa, quando realizada a prazo, irá afetar a movimentação do caixa até o

registro da previsão de entrada da última parcela concedida ao cliente. Desta

forma é importante levar em consideração que o lucro líquido é um conceito

estritamente contábil, pois é apurado tradicionalmente pelo regime de

competência, e o fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira,

entrada e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da empresa,

pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

a) Com este objetivo e considerando-se a informação adicional das

condições de negócios (03 parcelas mensais antecipadas)

identificam-se os valores destinados às compras:

 

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FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

b) Para ajustar as informações sobre as vendas, também observando

as condições de negócios (04 parcelas mensais postecipadas),

identificam-se os valores destinos às vendas:

c) Considerando que as demais informações do exercício encontramse

no regime de caixa, para se efetuar a montagem do fluxo final será

suficiente que se obedeçam os critérios estabelecidos para cada

uma das contas relacionadas. Desta forma é importante levar em

consideração que o lucro líquido é umconceito estritamente contábil,

pois é apurado tradicionalmente pelo regime de competência, e o

fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira, entrada

e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da

empresa, pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.2 Fluxo de caixa

 

O saldo inicial de

 

20 X 0

Para a montagem do Fluxo de Caixa, foram consideradas 05 (cinco)

modalidades de critérios de projeções:

1.º Contas: Marketing e Combustíveis, foi efetuado o levantamento

de consumo a partir do mês de fevereiro e projetado com acréscimos

conformes.

2.º Contas: Aluguel e Administrativas, fixando uma verba para os

próximos períodos.

3.º Contas: Comissões e Salários, determinando uma verba baseada

em percentual das vendas do mês anterior.

4.º Os impostos são pagos no mês seguinte sobre a movimentação

das compras e vendas, sem regime de compensação.

5.º Demais contas possuem mês específico para cada ocorrência.

 

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FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

3 Custo de capital

 

Custo de capital pode ser definido como o custo dos recursos

financeiros próprios e/ou de terceiros utilizados pela empresa em seu ciclo

operacional ou empreendimento. A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital merece uma rigorosa análise de viabilidade,

buscando avaliar as alternativas perante o custo do capital. Como as

alternativas existentes para o financiamento do ciclo operacional e ou capital

de giro são diversas, é de extrema importância que o administrador financeiro

busque conhecer o custo efetivo de cada uma destas fontes, através dos

instrumentos de análise competentes, para posterior tomada de decisão.

A utilização de capital de terceiros é vantajosa quando seu custo se

apresenta inferior à taxa de retorno prevista. Porém, mesmo com esta vantagem,

existe o risco do endividamento pela eventual falta de lucratividade na operação.

 

3.1 Os custos relativos

 

Ao se calcular o custo de capital de uma operação, torna-se importante

considerar todas as despesas existentes, pois as instituições financeiras, pelas

características de seus negócios, passam a exigir reciprocidades diversas.

Considera-se como reciprocidade todo e qualquer recurso utilizado por uma

empresa na obtenção do capital, seja a curto, médio ou longo prazo, que

podem ser desde o simples saldo médio até contraprestações de aplicações

financeiras, seguros, planos previdenciários, pagamento de fornecedores,

centralização de folha de pagamento, recolhimento de encargos, impostos,

taxas, contribuição de melhoria, e ainda, em alguns casos, favores. Outras

despesas, muitas vezes esquecidas pelos empresários, são aquelas decorrentes

dos custos com alienações, hipotecas, transferências, emissão de documentos,

viagens de funcionários para obter liberações especiais, entre outras. Especial

atenção deve ser dada às custas de fornecimento de garantias, pois

considerando que a maioria das instituições tem interesse em Garantias Reais

(representadas pela transferência de um bem tangível e específico), o financeiro

deve considerar todas as despesas de transferências como escritura e registro,

 

A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital mereça

uma rigorosa análise de viabilidade

 

45

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

tanto na passagem do bem para a posse da instituição como para o retorno da

posse do bem, após a quitação do empréstimo. Neste momento é de grande

importância a habilidade do financeiro em negociar com a instituição uma

garantia que não represente grande ônus de transferência, apesar de oferecer

tranqüilidade para a instituição.

Dentre os diversos aspectos do custo de capital, podemos citar o

custo relativo à dívida, que nada mais é do que o custo relativo à taxa aplicada

sobre um financiamento/empréstimo qualquer, ou ainda o custo marginal de

capital, que projeta na estrutura ótima de capital uma nova realidade, oriunda

de uma nova fonte de recurso, ou ainda, de um novo aporte de recursos. Para

apurar o custo de capital, a maioria das empresas se utiliza do método de

cálculo do Valor Presente Líquido (

presente de um fluxo de resultado projetado, utilizando-se de uma taxa mínima

de atratividade para realizar o desconto do fluxo.Ataxa mínima de atratividade

(

ou negócio.

Outro método também largamente utilizado é a Taxa Interna de Retorno

(

equipara ao seu retorno num período de tempo, considerando as entradas de

um fluxo projetado. Ambos os modelos podem ser facilmente apurados comuma calculadora financeira, em especial a  Princípios da administração financeira. São Paulo:Administração financeira da pequena e média. São Paulo: Atlas, 2001.Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e. Porto Alegre: Sandra Luzzata, 1998.

3.2 Custo médio ponderado de capital

 

Quando uma empresa necessita buscar recursos para atender suas

necessidades de capital, seja ele de curto, médio ou longo prazo, estes poderão

não ser de uma única fonte, e portanto não necessariamente possuírem o

mesmo custo. Neste sentido se faz necessário apurar o custo médio ponderado

que possibilite realizar uma análise sobre a viabilidade ou não de se buscar

estes recursos.

O primeiro passo é determinar quais os ativos que comporão a análise

e qual é seu custo efetivo. Importante salientar que todas as taxas deverão

obrigatoriamente estar na mesma base de tempo (dia, mês etc.). Supondo que

uma empresa necessite de um montante de R$ 50.000,00 para implementar um

projeto de expansão e verificando as fontes de recursos disponíveis no

mercado, identificou-se a possibilidade de compor este capital necessário

para servir de base ao financiamento deste projeto, as fontes de recursos

descritas no quadro 6.

 

46

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

O segundo passo será apurar a proporção que cada ativo representa

no somatório dos R$ 50.000,00. Neste sentido a valor de R$ 20.000,00 relativo

ao ativo Financiamento é equivalente a 40% do valor total, como demonstra o

quadro 7.

O terceiro passo será calcular o custo proporcional de cada ativo em

relação à sua participação no total necessário para o projeto.Oprocesso é bastante

simples, bastando multiplicar o Custo do Ativo pela proporção de participação

deste ativo. Antes de realizar este cálculo é necessário converter a proporção da

forma percentual para a forma unitária, conforme demonstra o quadro 8.

 

47

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

Após a apuração do custo proporcional, procede-se ao somatório

destes, apurando assim o custo médio ponderado para o projeto, que no

exemplo acima ficou em 4,90% ao mês.

Como percebido pelo exemplo acima, o Custo Médio Ponderado de

capital possui a importância de servir como indicador dos custos relativos

aos múltiplos ativos financeiros que uma empresa possa buscar no mercado a

fim de financiar seus projetos, e emespecial servir de comparação, com demais

ativos tanto internos como externos à empresa. Outra importante razão para o

seu cálculo é possibilitar ao administrador financeiro realizar simulações a fim

de encontrar um custo ponderado menor, dentro dos limites de cada ativo que

o mercado concede à empresa.

 

48

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

Bibliografia recomendada

 

GITMAN, Lauwrence J.

Harbra, 2001.

SANTOS, Edno Oliveira dos.

empresa

ZDANOWICZ, José Eduardo.

controle financeiro

 

Resumo

 

Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das

empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo

indecisões e improvisações sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa

gestão de recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital

de giro, proporcionando maiores lucros com a redução das despesas

financeiras. Se os fluxos de caixa são otimizados, obtém-se maior segurança

na utilização do capital de giro. Essa é e deve ser a preocupação constante das

empresas, pois os custos financeiros podem absorver valores significativos

da sua receita operacional. A preocupação com o fluxo de caixa não deve ser

exclusiva das grandes empresas; uma instituição religiosa, empresa estatal,

empresa privada, comercial, industrial ou de serviços também necessitam de

um fluxo bem gerenciado com a finalidade de atingir os seus objetivos de

maneira adequada. Somente um Fluxo de caixa bem otimizado poderá

dimensionar com segurança o capital de giro.

 

AdministraçãoFinanceira

 

 

                                                                                                   

Edison Kuster

 

Nilson Danny Nogacz

 

 

O que é realmente importante saber para uma boa administração

financeira? Esta pergunta é comum entre os empresários, em especial aos

pequenos e microempresários, mas é de difícil elaboração. Pode-se dizer que

tudo na administração financeira é importante, mas, se fosse necessário eleger

apenas um item, mesmo assim citaríamos duas estratégias, que ao nosso ver são

de extrema importância, para o sucesso de uma empresa e de seus comandantes.

O principal papel do Administrador Financeiro é o relativo à tesouraria

da empresa, ou seja, cuidar efetivamente do dinheiro, sua entrada e saída, e

logicamente preservar o retorno exigido pelos acionistas. Neste sentido é

necessário buscarumpleno entendimento da Administração de Caixa da empresa

e o Custo ao qual este fluxo está submetido. A administração de caixa está

intimamente ligada ao ciclo operacional da empresa e o custo de capital ao

financiamento deste ciclo.

Vejamos agora maiores detalhes sobre ambas as abordagens, bem como

exemplos para melhor entendimento.

 

1 Administração de caixa

 

Aadministração do caixa compreende uma tarefa de suma importância

para a empresa.Agrande maioria dos fracassos empresariais tem fortalecido a

convicção de que a principal razão da chamada mortalidade precoce das

pequenas e médias empresas é a falta da habilidade gerencial de seus

administradores. Estas empresas normalmente nascem através de uma idéia

de negócios proposta por empresários que conhecem profundamente a função

 

38

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

técnica a ser exercida, porém não se preocupam com a função administrativa

financeira da empresa. Esses empresários acreditam que, produzindo bens de

alta qualidade e demanda, estão dispensados de dedicar tempo à boa

administração, relegando esta tarefa a funcionários sem preparo, ao invés de

contratarem alguém apto para fazê-lo em seu lugar. Empresa alguma poderá

crescer ou mesmo sobreviver, sem um gerenciamento adequado na área

administrativa. É essencial a essa função administrativa o conhecimento dos

procedimentos financeiros e contábeis disponíveis, bem como a sua melhor

utilização para o acompanhamento, controle, ajuste e projeção dos resultados

da empresa.

O demonstrativo do Fluxo de Caixa é o instrumento financeiro que

permite ao administrador monitorar a evolução do equilíbrio ou desequilíbrio

entre a entrada e a saída de dinheiro durante um período determinado,

possibilitando a adoção antecipada de medidas que possibilitem assegurar a

disponibilidade de recursos para o atendimento das necessidades de caixa.

Elaborado em períodos, o fluxo de caixa deve compreender um resumo

do cronograma das despesas e investimentos, das receitas previstas e épocas

de realizações, dos pagamentos parciais ou totais de obrigações, bem como

de novas obrigações a contratar, possibilitando prever:

 

.

 

.

 

.

 

1.1 Estabelecendo os controles

 

A administração do Caixa constitui ferramenta fundamental para a boa

administração dos recursos financeiros em qualquer empresa, independente

de seu tamanho. A previsão de caixa preparada pelo administrador financeiro

somente terá sucesso com o esforço conjunto dos vários departamentos da

empresa. A previsão de vendas, as condições das vendas, incluindo prazos

de recebimentos, são geralmente de responsabilidade do pessoal de vendas.

Os gastos de produção são definidos com o auxílio do pessoal de produção e

contabilidade de custos.

 

É essencial para a função administr

ativa o conhecimento dos procedimentos

financeiros e contábeis disponíveis

 

39

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

Todos os demais departamentos envolvidos no processo da

administração deverão proceder de forma a evitar custos e despesas excessivas

e procurar a maior receita para as suas atividades. Uma constante comunicação

entre os diversos setores e o setor financeiro é fundamental para o sucesso do

gerenciamento das disponibilidades.

Com a entrada das diversas informações diárias e dos documentos

internos provenientes do setor financeiro, inicia-se a fase de controle de dados

relativos a:

 

1.º Movimentação Financeira

 

.

as previsões com o realizado;

 

.

- Quais são as receitas e despesas?

- Em que datas irão ocorrer?

- Qual o meio de movimentação?

- Se são constantes, diárias, semanais ou mensais.

 

2.º Controle do Pessoal

 

.

suas peculiaridades relativas:

- Profissionais efetivos;

- Profissionais temporários;

- Trainees (estagiários).

 

.

 

3.º Controle de máquinas, veículos e equipamentos

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

4º Controle de Estoques

 

.

 

.

 

.

 

40

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

2 Montagem do fluxo de caixa

 

Aseguir será elaborado um exemplo da montagem de um fluxo de caixa

para demonstrar sua simplicidade e comprovar sua utilização como instrumento

de ajuda na tomada de decisão, por parte do administrador financeiro.

A partir dos dados fornecidos nos quadros 1 e 2, será criado um fluxo

de caixa projetado para os meses de junho a outubro de 20 X 0.

É necessário considerar ainda as seguintes informações adicionais:

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

 

.

juros de 4% ao mês;

. Asobra de caixa deverá ser aplicada com remuneração de 0,87% a.m.

 

41

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.1 Ajuste no regime de competência para

regime de caixa

 

Considerando-se que as informações do volume de compras e vendas

(quadro 1) encontram-se sob o regime de competência, isto é, baseiam-se nos

valores de notas com datas dos fatos geradores, será necessário efetuar o

ajuste para o regime de caixa, ou seja, identificar qual o volume financeiro da

movimentação de caixa a cada período de interesse.

Uma compra realizada no mês de fevereiro estará influenciando a

movimentação financeira do caixa até o pagamento da última parcela negociada

com o fornecedor, do mesmo modo que a venda de produto ou serviços pela

empresa, quando realizada a prazo, irá afetar a movimentação do caixa até o

registro da previsão de entrada da última parcela concedida ao cliente. Desta

forma é importante levar em consideração que o lucro líquido é um conceito

estritamente contábil, pois é apurado tradicionalmente pelo regime de

competência, e o fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira,

entrada e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da empresa,

pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

a) Com este objetivo e considerando-se a informação adicional das

condições de negócios (03 parcelas mensais antecipadas)

identificam-se os valores destinados às compras:

 

42

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

b) Para ajustar as informações sobre as vendas, também observando

as condições de negócios (04 parcelas mensais postecipadas),

identificam-se os valores destinos às vendas:

c) Considerando que as demais informações do exercício encontramse

no regime de caixa, para se efetuar a montagem do fluxo final será

suficiente que se obedeçam os critérios estabelecidos para cada

uma das contas relacionadas. Desta forma é importante levar em

consideração que o lucro líquido é umconceito estritamente contábil,

pois é apurado tradicionalmente pelo regime de competência, e o

fluxo de caixa é montado a partir da movimentação financeira, entrada

e saída de recursos. Não sendo, portanto, aconselhável se tentar

comparar os resultados contábeis com o resultado financeiro da

empresa, pois os mesmos ocorrem em tempos diferentes.

 

43

 

COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

2.2 Fluxo de caixa

 

O saldo inicial de

 

20 X 0

Para a montagem do Fluxo de Caixa, foram consideradas 05 (cinco)

modalidades de critérios de projeções:

1.º Contas: Marketing e Combustíveis, foi efetuado o levantamento

de consumo a partir do mês de fevereiro e projetado com acréscimos

conformes.

2.º Contas: Aluguel e Administrativas, fixando uma verba para os

próximos períodos.

3.º Contas: Comissões e Salários, determinando uma verba baseada

em percentual das vendas do mês anterior.

4.º Os impostos são pagos no mês seguinte sobre a movimentação

das compras e vendas, sem regime de compensação.

5.º Demais contas possuem mês específico para cada ocorrência.

 

44

 

FINANÇAS

 

EMPRESARIAIS

 

3 Custo de capital

 

Custo de capital pode ser definido como o custo dos recursos

financeiros próprios e/ou de terceiros utilizados pela empresa em seu ciclo

operacional ou empreendimento. A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital merece uma rigorosa análise de viabilidade,

buscando avaliar as alternativas perante o custo do capital. Como as

alternativas existentes para o financiamento do ciclo operacional e ou capital

de giro são diversas, é de extrema importância que o administrador financeiro

busque conhecer o custo efetivo de cada uma destas fontes, através dos

instrumentos de análise competentes, para posterior tomada de decisão.

A utilização de capital de terceiros é vantajosa quando seu custo se

apresenta inferior à taxa de retorno prevista. Porém, mesmo com esta vantagem,

existe o risco do endividamento pela eventual falta de lucratividade na operação.

 

3.1 Os custos relativos

 

Ao se calcular o custo de capital de uma operação, torna-se importante

considerar todas as despesas existentes, pois as instituições financeiras, pelas

características de seus negócios, passam a exigir reciprocidades diversas.

Considera-se como reciprocidade todo e qualquer recurso utilizado por uma

empresa na obtenção do capital, seja a curto, médio ou longo prazo, que

podem ser desde o simples saldo médio até contraprestações de aplicações

financeiras, seguros, planos previdenciários, pagamento de fornecedores,

centralização de folha de pagamento, recolhimento de encargos, impostos,

taxas, contribuição de melhoria, e ainda, em alguns casos, favores. Outras

despesas, muitas vezes esquecidas pelos empresários, são aquelas decorrentes

dos custos com alienações, hipotecas, transferências, emissão de documentos,

viagens de funcionários para obter liberações especiais, entre outras. Especial

atenção deve ser dada às custas de fornecimento de garantias, pois

considerando que a maioria das instituições tem interesse em Garantias Reais

(representadas pela transferência de um bem tangível e específico), o financeiro

deve considerar todas as despesas de transferências como escritura e registro,

 

A boa administração financeira propõe que

todo investimento ou uso de capital mereça

uma rigorosa análise de viabilidade

 

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COLEÇÃO

 

GESTÃO

 

EMPRESARIAL

 

tanto na passagem do bem para a posse da instituição como para o retorno da

posse do bem, após a quitação do empréstimo. Neste momento é de grande

importância a habilidade do financeiro em negociar com a instituição uma

garantia que não represente grande ônus de transferência, apesar de oferecer

tranqüilidade para a instituição.

Dentre os diversos aspectos do custo de capital, podemos citar o

custo relativo à dívida, que nada mais é do que o custo relativo à taxa aplicada

sobre um financiamento/empréstimo qualquer, ou ainda o custo marginal de

capital, que projeta na estrutura ótima de capital uma nova realidade, oriunda

de uma nova fonte de recurso, ou ainda, de um novo aporte de recursos. Para

apurar o custo de capital, a maioria das empresas se utiliza do método de

cálculo do Valor Presente Líquido (

presente de um fluxo de resultado projetado, utilizando-se de uma taxa mínima

de atratividade para realizar o desconto do fluxo.Ataxa mínima de atratividade

(

ou negócio.

Outro método também largamente utilizado é a Taxa Interna de Retorno

(

equipara ao seu retorno num período de tempo, considerando as entradas de

um fluxo projetado. Ambos os modelos podem ser facilmente apurados com

uma calculadora financeira, em especial a

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24-02-2011 20:04
A nossa nova página de Internet foi lançada hoje. Sim sim , o  objetivo e de transmitir conteudo , vou postar livros em PDF , para quem quiser baixar . e esse e tipo Portal Calouros em Administração ...     By by